COMENTÁRIOS LITERÁRIOS 1º BIMESTRE / 2024
Espaço reservado para: Comentário de Livros / Projetos Literários / Jornalismo.
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- A COR DO PRECONCEITO / ESSE CABELO / PRIMEIRAS ESTÓRIAS / O DI´ÁRIO DE ANNE FRANK / A MENINA SEM PALAVRAS / 80 ANOS DE POESIA (M QUINTANA) / ELES NÃO USAM BLACK-TIE / UMA CASA DE BONECAS / HISTÓRIA DA PRÉ-HISTÓRIA / EU SOU MALALA / FRANKENSTEIN / LAÇOS DE FAMÍLIA / O ESPELHO (CONTO) / IRACEMA / VENTO, AREIA E AMORAS BRAVAS / A TERRA UMA SÓ / O PEQUENO PRÍNCIPE PRETO / NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM.
SEMANA DE 15/04 A 19/04
Vivemos em um mundo vasto e colorido, repleto de elementos diversos em perfeita interação. Por isso, é tão importante entender cada coisa que vemos e respeitar uma simples verdade: somos todos diferentes. Escrito pelas autoras Regina Rennó e Regina Otero, em edição revisada e atualizada, esse livro propõe ao leitor explorar aquilo que nos torna diferentes, sempre respeitando essa incrível e bela diversidade. Com atividades complementares, o livro faz parte da série Ludo Ludens, e é um excelente incentivo para repensar nosso papel no mundo e nossas responsabilidades com o outro.
(A PARTIR DO 7º ANO - EFII)
Em um minúsculo planeta, vive o Pequeno Príncipe Preto. Além dele, existe apenas uma árvore Baobá, sua única companheira. Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando o amor e a empatia. O texto é originalmente uma peça infantil que já rodou o país inteiro. Agora, Rodrigo França traz essa delicada história no formato de conto, presenteando o jovem leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos quem somos e de onde viemos - além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto. Afinal, como diz o Pequeno Príncipe Preto, juntos e juntas todos ganhamos.
(A PARTIR DO 7º ANO - EFII)
SEMANA DE 08/04 A 12/04
"A terra uma só" reúne narrativas dos Guarani Mbya sobre a origem da terra, do ser humano, da linguagem e dos animais e plantas da Mata Atlântica contadas, pela primeira vez, por um Guarani Mbya, sem intermediário de um "juruá", não indígena. As narrativas históricas do povo se entrelaçam com dados autobiográficos da vida do autor. (Timóteo Verá Tupã Popygua, liderança Guarani Mbya, aprendeu e pensou durante os caminhos que percorreu pela "Ka'a porã", a Mata Atlântica', junto ao seu povo.)
(A PARTIR DO 7º ANO - EFII)
Vento, areia e amoras bravas é a história da personagem Lourença da pré-adolescência à juventude, quando ela se descobre escritora. Todo o livro, cujo enredo situa-se no ambiente familiar, é iluminado pela personalidade forte, engraçada, vigorosa de Lourença, um espírito livre de condicionamentos, alegre e cheio de imaginação. Vento, areia e amoras bravas é o segundo título infantojuvenil de Agustina Bessa-Luis lançado no Brasil – o primeiro foi Dentes de Rato, que relata a infância de Lourença. Este livro foi editado com o apoio do IPLB – Instituto Português do Livro e das Bibliotecas.
(A PARTIR DO 8º ANO - EFII)
SEMANA DE 01/04 A 05/04
O romance conta o amor de um branco, Martim Soares Moreno, pela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel. A relação do casal serviria de alegoria para a formação da nação brasileira. A índia Iracema representaria a natureza virgem e a inocência enquanto o colonizador Martim representa a cultura (europeia). Na versão em quadrinhos (HQ) há a preocupação de manter-se fiel ao texto original do escritor cearense: o nacionalismo.
(A PARTIR DO 9º ANO - EFII)
O Espelho é um conto do escritor brasileiro Machado de Assis, publicado originalmente em 8 de setembro de 1882 no jornal Gazeta de Notícias, e recolhido no livro Papéis Avulsos, do mesmo ano. Na obra é patente a habilidade do escritor de desenvolver uma trama com pretensões filosóficas de profunda reflexão. O enredo gira em torno de Jacobina, um homem rico de meia idade que narra a outros quatro senhores um episódio marcante de sua juventude, o qual definiu a sua personalidade adulta, na altura em que iniciou a carreira militar. O protagonista utiliza essa experiência para exemplificar uma tese extravagante.
(A PARTIR DO 9º ANO - EFII)
SEMANA DE 25/03 A 28/03
São treze contos, hoje tidos como clássicos. Entre eles, os
festejadíssimos "Amor", "O crime do professor de
Matemática", "O búfalo" e "Feliz aniversário",
adaptado para a televisão por Ziembinsky. Neles s personagens são sempre
surpreendidos por uma modalidade perturbadora do insólito, no meio da
banalidade de seus cotidianos. Clarice cria situações onde uma revelação, que
desconstrói e ameaça a realidade, desvela a existência e aponta para uma
apreensão filosófica da vida. Trata da solidão, a morte, a incomunicabilidade e
os abismos da existência através da rotina de dona-de-casa, do mergulho trágico
em uma festa familiar nos 89 anos da matriarca, da domesticação da natureza
mais selvagem das mulheres, ou dos pequenos crimes cometidos contra a
consciência, contra o drama do professor de Matemática diante do abandono e da
sacerdotisa da nossa literatura. (EM)
A obra, que também
traz percepções sobre a rejeição do diferente, é primariamente uma análise
da vontade do homem de transpor os limites da natureza e das consequências que
tal poder pode trazer. O livro foi pioneiro e precursor da literatura de horror e
ficção científica (- o
monstro se mostra muito mais complexo e interessante que tais representações, ao
se descobrir com vida, ele foge sem saber quem é, onde está, de onde veio, nessa
fuga, vive muitas coisas e faz importantes descobertas, sendo as sobre si as
mais impactantes).
(A PARTIR DO 8º ANO - EFII)
SEMANA DE 18/03 A 22/03
Biografia - É a história de uma família exilada pelo
terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à
valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens.
(A PARTIR DO 9º ANO - EFII)
Era uma vez um tempo antes do tempo, quando tudo
ainda estava por fazer e a História, por inventar. Nas 24 divertidas histórias
deste livro, o grande escritor italiano Alberto Moravia (1907-1990) vira tudo
pelo avesso, deixa as fábulas de ponta-cabeça e nos leva a olhar o mundo como
ele é, sonhando com aquele que poderia ser.
(A PARTIR DO 7º ANO - EFII)
SEMANA DE 11/03 A 15/03
- PRODUZINDO UM 'SIMPLES' LIVRO A PARTIR DE LEITURAS VARIADAS
A peça 'Uma casa de bonecas' foi lançada em 1897
e é considerada uma obra em que o feminismo aflora ao final da história. A
narrativa se desdobra em torno de Nora – esposa de um diretor de banco que a
tem como frívola e inocente –, que faz de tudo para salvar o marido de uma
doença; para tal fim, ela mente e consegue um empréstimo com um homem seu
caráter e sem que seu marido ou seu pai saibam. Contudo, quando seu marido,
Helmer, descobre, a repudia. Ela, então, ao ver sua posição inferior na
sociedade, principalmente pela humilhação que sofre do marido, por ter feito de
tudo para salvá-lo, revolta-se e resolve deixar marido e filhos. (EM)
Considerada
a revolução definitiva na dramaturgia brasileira, por introduzir
personagens da classe social proletária e pobre como protagonistas, a peça
alcançou grande sucesso de público e esteve em cartaz por mais de um ano em São
Paulo. A história se passa em uma favela carioca nos anos 1950, e o tema
central é a greve em uma empresa. Permeando as articulações grevistas por
melhores condições salariais, estão inseridos conflitos e inquietações
universais, reflexões sobre a frágil condição humana. Ao mesmo tempo, o enredo
apresenta o embate entre pai e filho com posições ideológicas e morais opostas
(múltiplas camadas interpretativas).
(A PARTIR DO 9º ANO - EFII)
SEMANA DE 04/03 A 08/03
É um livro póstumo e de
celebração. Nele há, provavelmente, o melhor de toda a safra do poeta natural
de Alegrete. É visível todo o bom trabalho de curadoria empregado nele. Quem o
ler, verá e se encantará com a vida simples que o poeta canta. Quintana é poeta
das coisas simples, poeta que vê, da janela, a vida quotidiana da própria rua e
a vida evasiva das nuvens; Quintana é poeta viajante de mares e estratosferas.
Há muita metalinguagem também (Quintana dá muitas dicas a poetas novatos) e,
claro, há um tantinho assim de coisas tristes, mas sublimes para os que já
entendem um pouco mais da Vida. Uma obra crepuscular.
(A PARTIR DO 8º ANO - EFII)
Os dezessete contos desta antologia foram escritos em fases distintas da carreira do escritor Mia Couto e compõem um panorama surpreendente do universo infantil em Moçambique. Acostumados a reconhecer nos povos africanos a violência e a miséria, o leitor encontrará nessa seleção uma delicadeza que não se vê nos relatos oficiais. As histórias selecionadas mostram a complexidade que move as relações familiares, a orfandade em um país que viveu por anos em guerra, a realidade das crianças submetidas ao trabalho infantil e os resquícios da luta pela independência.
(A PARTIR DO 8º ANO - EFII)
SEMANA DE 26/02 A 01/03
O que começou como o despretensioso diário de uma adolescente que
relatava a sua realidade em meio à Segunda Guerra Mundial, se tornou não
só um valioso documento histórico, mas também um símbolo de resistência em um
mundo repleto de intolerância, racismo e injustiça social. (EM)
Construção
de narrativas curtas (contos) que tratam de matérias diversas da experiência
humana, como a busca da felicidade, a necessidade do autoconhecimento e as
maneiras de se conviver com a inevitável finitude da vida. (EM)
SEMANA DE 19/02 A 23/02
É um romance em que a narradora Mila organiza 'a biografia de seus cabelos
crespos', revisitando memórias suas e de seus familiares. Luso-angolana,
fruto de uma família interracial que agrega várias nacionalidades, Mila vive
esse entre-lugar de uma identidade diaspórica, de modo que sua escrita
acompanha o processo de se entender como mulher negra em meio a sociedade
portuguesa. Assim, ao longo da narrativa, percebe-se uma história mais ampla,
que fala de uma geopolítica entre dois continentes: Europa e África (obra
densa!). (EM)
Na história, o tema do preconceito de cor aparece de modo contundente, num enredo que a autora trabalhou com maestria. Nele, destaca-se a adolescente negra Mira, excelente aluna de uma escola da periferia, que, graças a seus esforços, consegue uma bolsa de estudos num dos melhores colégios da cidade. Em sua nova etapa de vida, ela terá de enfrentar questões ligadas à sua identidade e procurar amadurecer diante de posturas racistas, preconceituosas e intolerantes.
(A PARTIR DO 7º ANO - EFII)